30 dezembro 2013

[Resenha] Lenny Cyrus, o supervírus - Joe Schreiber

Autor: Joe Schreiber
Editora: Globo Livros
Lançamento: 2013
Páginas: 272
Avaliação: Muito bom
Lenny Cyrus, o supervírus, convida a uma aventura nanotecnológica em meio aos dramas comuns da adolescência Tímido, apaixonado e nerd: conheça Lenny Cyrus, o novo herói da ficção científica criado por Joe Schreiber O que você seria capaz de fazer para conquistar seu grande amor? A maioria das pessoas provavelmente pensaria em comprar flores ou chocolates. Uma ou outra apostaria em um jantar a dois ou numa declaração de amor escrita num papel perfumado. Mas encolher-se quanticamente a ponto de entrar na corrente sanguínea do ser amado para ter a chance de convencer os neurônios dele a se apaixonarem por você – essa ideia só poderia sair da cabeça de um gênio de 13 anos como Lenny Cyrus. 

Você certamente conhece ou já conheceu alguém muito inteligente, aquele que só tira notas altíssimas nas provas e é o "cabeça" da turma. Lenny é assim, porém é mais que um garoto inteligente, é considerado um gênio. É filho de pais que possuem um QI altíssimo, e é daí que originou sua inteligência formidável. Quando Lenny tinha 8 anos, ele conheceu uma garota que logo arrebatou em seu coração e criou um amor inexplicável pela mesma. Zooey, o amor de sua vida.

O tempo passou e até hoje, com 13 anos, o garoto nerd não conseguiu destruir a barreira de sua timidez e se declarar para Zooey. Ele buscava um dia ser compreendido, mas estava difícil. Entretanto, para um garoto gênio o céu era o limite. Ou melhor, a corrente sanguínea de sua amada seria o alvo ideal. Lenny descobre uma forma de reduzir o seu tamanho e entrar no corpo de Zooey, com a finalidade de se declarar.

Harlan, o melhor amigo de Lenny, não concordava com essa ideia maluca e inusitada, achava extremamente perigoso. Porém, ninguém seria capaz de mudar a ideia do apaixonado nerd. O que o seu amigo quer, é embarcar em um mundo no qual ninguém mais conseguiria realizar essa proeza: entrar dentro de um corpo humano, fazer amizades com algumas células, se divertir com os hormônios e seguir o caminho de cérebro de sua amada.
"Ser invisível já não bastava."
Engraçadinho, diferente e científico. O autor Joe Schreiber construiu uma mesclagem muito interessante e curiosa do amor com a ciência. Utilizou uma forma inusitada para resolver um problema típico do ser humano: o amor não correspondido. Neste caso, é um problema de um adolescente gênio que resolver fazer algo anormal para conquistar sua amada. Outro ponto de destaque, é a criação dos personagens que me agradou muito. Lenny, é o cara mais inteligente da turma e até mesmo de sua escola, tem um amigo descolado chamado Harlan, e é apaixonado por uma garota meio nerd também, a Zooey. Gostei dos três e da forma com que o autor lidou com eles, apenas deixou de explorar algumas coisas, no qual fiquei mais angustiada em saber, como, por exemplo, os pais da Zooey.

A narrativa do autor é bastante dinâmica e fácil de ser compreendida. O que mais gostei foi o humor que Joe impôs em sua obra. Tudo fez sentido e da melhor forma possível para uma leitura juvenil.

A editora Globo Livros está de parabéns pela edição, pois, a mesma, ficou ótima. A capa destaca o Lenny já dentro do corpo de sua amada, o que faz com que o leitor se estimule mais para ler e descobrir o que irá encarar pela frente. A diagramação, páginas, espaçamento, fontes, tudo está excelente. A revisão também não deixa a desejar, não há muitos erros, aliás, encontrei, praticamente, nenhum errinho. Novamente tenho que parabenizar à editora, o trabalho ficou demais!

Posso afirmar que adorei ler este livro e super recomendo para todos. Apesar do livro ser voltado para o público juvenil, acredito que, para relaxar, Lenny Cyrus, o supervírus é uma ótima dica para se ler nessas férias. Aposto que você irá rir, assim como eu, nas aventuras de Lenny ao encarar os desafios de entrar dentro de um corpo humano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário